Compositor: Guilherme Basler.
Não me corrijam
Não me critiquem
Deixe-me, eu tenho meus direitos
Sei qual são os meus deveres
Sei também minha missão aqui na Terra
Mas isso só diz respeito a mim
Não tenho medo de errar
Nem vergonha de mostrar o que sou
Nem de ser eu mesmo
Podem tentar de tudo, mas
Eu sempre vou ser assim
Não tenho papas na língua
Minha personalidade é forte
Meu caráter é individualista
Gosto de ter quem eu amo por perto
Mas se for pra me corrijirem
Deixem-me em paz
Com minha sombra, vou caminhando
Pelas ruas vagando e trilhando
Meus próprios caminhos
Fazendo da minha escuridão
Uma fuga para a solidão
Onde eu vivo calado
Parado no meu canto
Perdendo-me em pensamentos
E perdendo também todos meus sentidos
A dor do meu silêncio
Calará a boca daqueles
Que ousarem tocar
Em meu próprio coração bondoso
Porém frio vazio e inquieto
Que de tanto soluçar
Acabou à beira de um precipicio
Pronto para pular
Sempre tem anjos
Que quando você está prestes a cometer uma loucura
Eles vêm e salvam você
Ou então é o medo de pular
Controlando minha vontade de me matar
Creio no improvável, no impossivel
E no que é irreal, pois do jeito que as coisas andam
Não se sabe mais quem é quem
E só com água, a máscara de tinta dessa gente irá cair
Mas às vezes
É dura feita uma rocha
E mais resistentes que aço e metal
Mas frágeis que nem cristal
E mole igual equinoderma
E também se nota
Que há humanos bondosos
Mas que estão loucos
Para começar a carnificina logo
E botar logo para queimar
Essa raça maldita!
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